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12.07.2020

São Paulo afirma que vacinação contra a covid-19 no Estado vai começar

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 O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira que o programa estadual de vacinação contra o novo coronavírus terá início em 25 de janeiro. A Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, será aplicada de forma gratuita inicialmente em profissionais de saúde, pessoas com mais de 60 anos, indígenas e quilombolas, totalizando mais de 9 milhões de pessoas, que deverão receber duas doses cada. “Não estamos virando as costas para o plano nacional de imunização [que deve começar em março], mas precisamos ser mais ágeis”, afirmou. Essa primeira fase vai do dia 25 de janeiro, aniversário de SP, até o dia 28 de março.


No entanto, até o momento a Coronavac não possui registro na Anvisa, entidade regulatória nacional ligada ao Governo Bolsonaro. Os resultados finais de eficácia e segurança devem ser apresentados até o dia 15 de dezembro, mas dados preliminares apresentados por Doria - citando a reviste médica The Lancet - dão conta de resposta imune em 97% das pessoas (o que não é o mesmo que proteção contra o vírus). Segundo a legislação referente a uma situação de pandemia, um fármaco pode ser usado para imunizar a população caso ela receba a aprovação dos EUA, União Europeia ou Ásia. Neste caso a Anvisa poderia conceder uma autorização de emergência, sem o registro.


Os próximos dias serão definitivos para o futuro da Coronavac. “Se os dados que eles fornecerem para a Anvisa no dia 15 forem robustos e sólidos, no sentido de garantir uma eficácia comprovada boa, é possível manter esse calendário de iniciar a campanha em janeiro”, afirma Mellanie Fontes-Dutra, coordenadora Rede Análise covid-19. Caso os resultados não sejam satisfatórios e o órgão regulador negue a autorização, os planos de Doria podem fazer água —restará a judicialização do caso. “É importante que essa questão seja analisada sempre do ponto de vista técnico e científico”, afirmou.


O plano de Doria já vem despertando temor em alguns prefeitos paulistas, que dizem não contar com a infraestrutura ou recursos para começar a vacinar tão cedo, de acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo. Segundo Geraldo Sobrinho, presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de SP, existe o temor de filas e falta de verba para pagamento de hora extra para as equipes vacinadora (uma vez que esta atividade ocorre fora do horário normal de trabalho). Para dar conta da demanda, o governador anunciou que irá dobrar o número de postos de vacinação, de 5.200 no Estado para 10.000, com o uso de farmácias, quartéis da polícia, escolas e o sistema de drive thru.


Indagado sobre a participação de clínicas privadas no calendário da vacinação, Doria informou que elas podem participar, mas de forma gratuita e com atendimento universal. “Não existe possibilidade do uso dessa vacina de forma particular ou com cobrança”, afirmou João Gabbardo, coordenador-executivo do centro de contingência contra a covid-19.


Aliança política

Doria também afirmou que “todo brasileiro que estiver em São Paulo poderá ser vacinado, não terá que comprovar residência”. “São Paulo faz parte do Brasil, não pode dar as costas a nenhum brasileiro”, disse. Isso levanta o temor de que haja uma corrida de pessoas de outros Estados para receber o imunizante aqui, o turismo de vacina. De acordo com o governador, “oito Estados e várias prefeituras [dentre elas Rio de Janeiro e Curitiba] já pediram a Coronavac ao Butantan, e devem receber 4 milhões de doses”. Essa aliança com outros estados pode se configurar em um movimento político de relevo, desenhando uma espécie de aliança estadual contra o Governo Federal.


O governador paulista está uma disputa política com Jair Bolsonaro que extrapola o campo da Saúde e tem relação direta com a eleição de 2022, na qual ambos devem se enfrentar. O presidente já criticou por diversas vezes o que chamou preconceituosamente de “vacina chinesa” —o tucano se refere a ela como “a vacina do Brasil. Até o momento não existe nenhuma perspectiva da inclusão da Coronavac no calendário nacional de vacinação. “O que tivemos foram trativas [com o Ministério da Saúde], sem acordo formal, de aquisição da Coronavac para o programa nacional de imunização”, afirmou Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde.


Além disso, a Sinovac Biotech se viu imersa em um escândalo de subornos recentemente. Reportagem do The Washington Post publicada no início do mês apontou que o então gerente da farmacêutica, Yin Weidong, pagou 83.000 dólares de propina para responsáveis pelo órgão regulatório chinês com o objetivo de acelerar a liberação de medicamentos. O esquema teria funcionado até 2011.


O plano do Governo Federal

O plano do Governo Federal prevê a aplicação “dos imunizantes já garantidos pelo Ministério da Saúde – Fiocruz/AstraZeneca e por meio da aliança Covax Facility”, à partir de março, segundo o secretário de Vigilância Sanitária, Arnaldo Medeiros. A vacina da Pfizer seria excluída do programa devido à dificuldade de armazenamento: as doses precisam ficar guardadas em ambiente refrigerado abaixo de -70°C.


O cronograma Federal prevê que os primeiros a serem vacinados serão trabalhadores da saúde, idosos com mais de 75 anos ou pessoas acima de 60 que vivam em asilos e população indígena. O próximo grupo prioritário será de pessoas entre 60 a 74 anos, e em seguida portadores de comorbidades (doenças renais crônicas e cardiovasculares). A última fase inclui professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, e posteriormente a população em geral que não tenha sido contemplada.


O prazo do Governo Federal, de iniciar um programa nacional em março, foi alvo de críticas por parte do estafe de Doria. “Estamos todos perplexos com a previsão do Ministério da Saúde de iniciar a vacinação só em março. Teremos em janeiro milhares de pessoas que vão ficar doentes, que vão se internar, que irão a óbito”, ressaltou João Gabbardo, o coordenador executivo do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo e ex-secretário do Ministério. A expectativa é de que com as festas de fim de ano o contágio aumente drasticamente nas próximas semanas.


Mas nem todos compartilham das críticas. Wanderson de Oliveira, ex-secretário de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde que ganhou destaque durante a gestão do hoje ex-titular da pasta Henrique Mandetta, se mostra pessimista quanto aos prazos propostos. “Não é possível uma grande campanha de vacinação no Brasil já a partir do primeiro semestre”, afirmou em entrevista à repórter Beatriz Jucá. Ele aposta em um programa “robusto” apenas à partir de maio ou junho.


Durante a fase mais aguda desta guerra das vacinas dos Governos de SP e Federal, o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, quase foi alvejado. Em outubro ele firmou compromisso de compra de 46 milhões de doses da Coronavac, e disse que ela seria incluída no Programa Nacional de Imunização. Horas depois foi desmentido por Bolsonaro em uma rede social: “A vacina chinesa de João Doria, qualquer vacina antes de ser disponibilizada à população, deve ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”


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